quinta-feira, 25 de julho de 2013

Entre lágrimas e sorrisos...

Por 9 meses, minha mãe carregou-me em seu ventre. Inconscientemente, crescia ali uma gota de mudança. A menina do meio, entre três irmãs, sabia desde o início que meus sonhos eram grandes, mas Walt Disney definiu isso da melhor forma possível: "If you can dream, you can do" (Se você pode sonhar, você pode fazer). As dificuldades do mundo real me fizeram crescer com a certeza de estar vivendo na melhor família do mundo. Juntos, enfrentamos provações, superamos dores e perdas, festejamos conquistas, conquistamos felicidades. Tínhamos o amor e a união como presentes de Deus para tocarmos a vida.
O tempo passa, e tudo vem com ele. A formação de opinião, as influências sociais, a criação de valores, os planos, objetivos. E, muitas vezes, a essência pessoal é distorcida, coberta por paradigmas e divergências culturais, na tentativa de ditar o que é o certo e o errado. Mas, em algum momento, o destino nos faz acordar. Em uma mísera fração de segundo, nos deparamos com alguma situação que nos pede um olhar diferente. E, por mais tomados de sentimentos "comuns" que estejamos, nossa essência aflora, explode clamando por atenção. Neste momento, uma pausa na vida se faz necessária, mil e um pensamentos à organizar, sentimentos difusos à orientar, ideais achados, perdidos, retomados, planos à se desligar, mas um objetivo grandioso à focar: RETOMAR A CONSCIÊNCIA DE VIDA. ACORDAR!
E quando o sol bate no rosto, quando a "ficha cai", de certa forma se percebe que se deixou de viver, se passou a um contentamento em existir, em usufruir, em consumir. E este mesmo raio de sol ilumina aquele espaço obscuro em nossa mente.
A consciência da criança renasce, os sonhos ressurgem. E quem há tempos era menina, agora se vê mulher, tomada de energia, empolgação, entusiasmo, transbordando de vida, pronta para uma última respirada bem profunda, antes de encarar aquele primeiro passo definitivo para a real mudança, que se faz tão necessária agora.


E se eu quisesse morar no meio do mato, construir uma casinha de barro, plantar, colher, viver e mudar o mundo, você me acompanharia?

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