sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Bonito de se ver

Nada mais bonito do que um casal admirando-se
Não vejo o amor sem a admiração. Admirar é desejar ser igual estando junto. Admirar-se. Admirar a gentileza do homem jurando por Deus. Admirar sua lealdade com os amigos. Admirar seu jeito esforçado de assumir as contas. Admirar seu cuidado treinado com os idosos, cedendo assentos e lugares nas frases.
Admirar os princípios herdados dos pais. Admirar sua masculinidade em sobrecarregar no abraço. Admirar seu riso infantil, sua ingenuidade no tropeço. Admirar sua vivacidade em brincar. Admirar, admirar-se. Admirar a conversa que tem com o filho sobre quem cuida de Deus. Admirar seu temperamento sereno em noites de chuva. Admirar sua inquietude para sair com o sol. Admirar sua concentração numa música nova. Admirar inclusive quando ele amarra os sapatos, debruçado como a água nas escadas.

Admirar seu nervosismo nas provas, nos concursos, nos exames do trabalho. Admirar sua letra com ânsias de terminar. Admirar sua falta de jeito em dançar, compensada pela alegria de estar contigo. Admirar seu modo de transar, sua fixação por poltronas. Admirar quando ele interdita o dia para arrumar aparelhos quebrados. Admirar o perfeccionismo que o impede de ser totalmente seu. Admirar quando ele dorme no meio do filme e finge que assistia.

Admirar suas mentiras encabuladas. Admirar, admirar-se. Admirar sua disposição em ser mais velho no medo e ser mais novo no aniversário. Admirar suas meias sem par na gaveta, suas fotos esquecidas de datas, seus recados de telefone faltando números. Admirar sua capacidade em desmemoriar compromissos. Admirar ao circular o sabão nos seios como se fosse uma vidraça. Admirar seu talento em provocar amizades no trem ou na rua, pouco preocupado em se preservar.

Admirar quando urra desaforos no estádio, logo ele tão civilizado, tão cordato na família. Admirar quando chora e não se enxerga lágrimas, um choro de soluços, recalcado. Admirar sua vocação para pegar a joaninha da gola e a pôr novamente na grama. Admirar como disfarça que perdeu um botão abrindo as mangas ou o zíper quebrado colocando a camisa para fora. Admirar suas palavras de amor, incompreensíveis, mas terrivelmente musicais, e dizer "não entendi", para escutar outra vez. Admirar suas calças apertadas, justas como minhas pernas nas dele na cama.

Admirar sua respiração pesarosa com o luto. Admirar sua caça de baratas voadoras pela sala e perceber que ele tem mais pavor do que eu. Admirar quando gosta de um livro e me conta tudo como se eu nunca fosse ler. Admirar quando fica bêbado e se enrola no cobertor do meu casaco, desculpando-se por aquilo que ainda não fez. Admirar seus roubos nos tabuleiros de criança. Admirar sua dificuldade em se livrar dos pijamas gastos. Admirar sua barba por fazer em minhas coxas. Admirar quando me busca antes de pedir.

Pode-se admirar um homem sem amá-lo. Mas não amar um homem sem admirá-lo.

(Fabrício Carpinejar)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sobre Dalai Lama e o que na humanidade surpreende ele...

"Perguntaram a Dalai Lama:
- O que mais te surpreende na humanidade?
E ele respondeu:
- Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois, perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."

É estranho pensar nisso de um forma grandiosa e perceber que não se aplica apenas ao indivíduo e sua forma de viver. A nível econômico por exemplo: as pessoas destroem uma área de mata que proporcionava sombra, abrigo para animais, redução de temperatura, para a construção de uma fábrica, que irá produzir condicionadores de ar, com o intuito de serem adquiridos pelas pessoas que derrubaram as árvores para poderem ter um ar mais fresco nos dias de calor.

Então, temos um indivíduo, trabalhador, que gastou tempo de vida e energia, para derrubar as árvores para ter dinheiro e compra o aparelho, sendo que as árvores já supriam a função do produto, sem gastar R$1,00 se quer. A lógica humana capitalista chega a ser ilógica. Pessoas trabalham das 6 horas às 19 horas, não descansam, não sabem mais o que é uma boa noite de sono, não brincam, não se divertem, não curtem o mundo. No mínimo tempo livre que possuem vão para festas, gastam, olhem só, o dinheiro suado, trabalhado, numa vaga ideia de diversão, regada ao álcool tão "revigorante" ao espírito, acordam na metade de um domingo, que seria o dia que teriam livre para aproveitar de verdade, estão de ressaca, dor de cabeça, de mau humor, não fazem mais nada o dia inteiro, e devido ao estado, nem descansar não conseguem. Começa a semana, segunda-feira, dia tão assustador, claro, que outra maneira seria, já que não vivem de verdade?!

A humanidade chegou em um ponto assustador, onde não se vive, se sobrevive. Onde se trabalha para juntar dinheiro para aproveitar a vida. Mas, quando se terá tempo para aproveitar a vida, o dinheiro irá para a recuperação da saúde, que nunca se recuperará por completo. Ou será que alguém acredita que, quando se aposentar com seus 60 anos, ainda terá a mesma disposição dos 30?! Hahahahahahahahahah! Bela piada.

Um complemento, ainda no assunto árvores/temperatura:
"As árvores afetam o nosso tempo e, com isso, o nosso clima, de três maneiras básicas: reduzindo a temperatura, reduzindo o uso de energia e reduzindo ou removendo os poluentes do ar. Cada parte de uma árvore, das folhas às raízes, contribui para o controle do clima.
As folhas ajudam a reduzir a temperatura. Elas refrigeram o ar por meio de um processo conhecido como evapotranspiração, que é a combinação de dois processos simultâneos: evaporação e transpiração (ambos liberam umi­dade no ar). Durante a evaporação, a água é convertida de líquido em vapor e evapora da terra, dos lagos, dos rios e até mesmo de pavimentos. Durante a transpiração, a água atraída da terra pelas raízes evapora das árvores. O processo pode ser invisível aos nossos olhos, mas um carvalho de grande porte pode transpirar 150 mil litros de água para a atmosfera a cada ano [fonte: USGS  (em inglês)]."

Devo dizer: eu não compro condicionadores de ar, eu planto árvores. Além de amenizarem o calor, elas fornecem algo bem importante: OXIGÊNIO. Lembrarei de colocar um estudo sobre diferenças de temperaturas em regiões arborizadas e em locais urbanizados no meu TCC, apenas para comprovações...

Para finalizar: "Todos nascemos com 3 bençãos: uma mente, um corpo e um tempo de vida. A forma como usamos as duas primeiras, determinarão a terceira!"

Seguimos...



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Uma vida mais leve

Já se percebem sinais de que, nos próximos tempos, a vida necessariamente deverá ser mais leve. Estruturas pesadas deverão dar lugar para algo menos exigente. nova consciência parece sinalizar para uma vivência com menos materialismo e mais sensibilidade. Não é tarde e nunca será tarde. Tomara que tal decisão encontre acolhida na maior parte da humanidade. Somente assim será possível ser humano de fato.
As estruturas existem porque pessoas permitiram ou planejaram. Perpetuação de modelos é questão de escolha. o que está aí não veio do nada. Foram apostas ou alternativas que se instalaram e passaram a direcionar a vida. Hoje, em tempos de mudanças, mesmo que timidamente, há indícios de que o cansaço é grande e que será necessário fazer novas opções. Os dias estão passando e, cada vez mais, o peso das ocupações e preocupações parece não dar trégua. Um amanhã diferente continua sendo sonhado, embora pareça distante. Todos necessitam de uma vida mais leve. De nada adianta ser esperto nos negócios, avolumar quantidades, ultrapassar limites, sendo que, logo adiante, o imprevisto acena para o precipício. Correr atrás da recuperação da saúde talvez seja tarde. Reconstruir laços sonhados até a eternidade poderá não ser mais possível. Quando a vida não é leve, as perdas são grandes. A história está repleta de exemplos. Poucos exercitam a consciência. A comodidade é a atitude mais cômoda.
Tenho encontrado pessoas "pesadas" pelo mau humor, rancor e descrença. Há as que se tornam demasiadamente "obesas" por causa da inveja e da soberba. A ganância também tem alterado o "peso" de muitas pessoas, que nem percebem as deformações. Facilmente se acostumam com um modo de vida, sem perceber que é quase insuportável para os outros. Uma vida mais leve supõe harmonia interior, capacidade de administrar quantidades, tempo adequando circunstâncias. Ritmo em sintonia com o pulsar da vida, que tão bem sabe conjugar intensidade com equilíbrio. Isso é sabedoria transformada em alegria. Viver sem perder a essência. Velocidade equacionada pela liberdade de ser e sonhar a partir da essência.

Frei Jaime Bettega


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mulheres

Fugindo um pouco dos habituais textos de conscientização ecológica... Um belíssimo texto sobre como entender as mulheres:



Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro.

Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia.

Flores também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e
adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza. Você não suporta TPM? Case-se com um homem.

Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia.

Não faça sombra sobre ela. Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado,
nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado.

Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.

O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios.

Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.

Só tem mulher quem pode!

Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mensagem de Dalai-Lama

"Embora fique cada vez mais evidente o quão interdependentes somos em todos os aspectos de nossas vidas, isto parece não afetar o modo como pensamos a nosso respeito em relação a nossos irmãos sencientes e nosso ambiente. Vivemos em uma época na qual as ações humanas desenvolveram um poder criativo e destrutivo que alcançou escopo global. Contudo, deixamos de cultivar o correspondente senso de responsabilidade. A maioria de nós só se preocupa com pessoas e propriedades diretamente ligadas a nós mesmos. Naturalmente, tentamos proteger nossas famílias e amigos de perigos. De modo análogo, a maioria das pessoas se esforça para defender seus lares e terras da destruição, venha a ameaça de inimigos, venha de desastres naturais, como incêndios ou inundações.
Tomamos por líquida e certa a existência de ares e águas limpas, o crescimento continuado das plantações e a disponibilidade de matérias-primas. Sabemos que esses recursos são finitos, mas como só pensamos em nossas próprias necessidades, comportamo-nos como se não o fossem. Nossas atitudes limitadas e autocentradas não satisfazem nem as necessidades do tempo, nem o potencial do que somos capazes.
Hoje, enquanto muitas pessoas enfrentam a miséria e a alienação, defrontamo-nos com problemas globais como pobreza, superpopulação e a destruição do meio ambiente. São problemas com os quais temos que lidar em conjunto. Nenhuma comunidade ou nação pode esperar resolvê-los por conta própria. Isso mostra como nosso mundo ficou pequeno e interdependente.
Em épocas remotas, cada aldeia era mais ou menos auto-suficiente e independente. Não havia sequer a necessidade, sequer a expectativa da cooperação de pessoas de fora da aldeia. Você sobrevivia fazendo tudo sozinho. Hoje, a situação mudou completamente. Não é mais adequado pensar apenas em termos mesmo de minha nação ou meu país, para não falar de minha aldeia. Se queremos resolver os problemas com que nos defrontamos, precisamos daquilo que chamei de senso de responsabilidade universal, baseado no amor e na bondade para com nossos irmãos e irmãs da raça humana.
No atual estado das coisas, a própria sobrevivência da humanidade depende de as pessoas desenvolverem a preocupação com a humanidade como um todo, não apenas por sua própria comunidade ou nação. A realidade de nossa situação impele-nos a agir e a pensar com mais clareza. A estreiteza de visão e o pensamento autocentrado podem ter sido úteis no passado, mas hoje só levarão ao desastre. Podemos superar tais atitudes por meio de uma combinação e treinamento." (Trecho da mensagem escrita por Sua Santidade Tenzin Gyatso, Décimo quarto Dalai-Lama do Tibete, para o livro: "Nossa vida como Gaia: Práticas para reconectar nossas vidas e nosso mundo", de Joanna Macy e Molly Young Brown.").


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Consciência...

"... mas as vastas extensões de terras de monocultura não substituem os ecossistemas naturais. Já estamos cultivando mais o solo do que a Terra pode suportar, e se tentarmos cultivar a Terra inteira para alimentar as pessoas, mesmo com agricultura orgânica, seremos como marinheiros que queimam a madeira e cordames do navio para se manter aquecidos. Os ecossistemas naturais da Terra não existem para serem transformados em terra cultivável, mas para conservar o clima e a química do planeta." (LOVELOCK, James. A vingança de Gaia. Ed. Intrínseca, Rio de Janeiro, 2006. P.24.)

Neste mesmo livro, Lovelock expõe que, ainda que parássemos neste momento de consumir todo e qualquer combustível fóssil, a Terra demoraria cerca de 10 mil anos para começar um processo de recuperação dos danos que causamos a ela. Cita também que a causa maior da elevação do nível dos oceanos não se dá pelo derretimento das geleiras intensificado pelo Efeito estufa mas sim, pela elevação gradual de temperatura, dada pelo mesmo efeito, que ocasiona a dilatação da água. As geleiras possuem a função de, assim como as matas e florestas, serem "ar condicionados" de Gaia, funcionando como reguladores de temperatura, contendo os extremismos.
Entretanto, o capitalismo e o aumento vertiginoso da população mundial nos fez verdadeiros assassinos deste sistema de refrigeração. Derrubamos florestas para o cultivo de alimentos, de grãos, de mato, tudo em alta escala. Donos de terras dizem "mas respeitamos a cota mínima de mata nativa que as leis dizem que devemos conservar". E DESDE QUANDO O GOVERNO PODE DIZER QUANTO PODEMOS EXTRAIR OU NÃO DA NATUREZA???

Partindo do princípio que não somos donos de nada, já que nossa vida aqui nos é permitida, assim como de muitos outros seres. A humanidade dominou o mundo, se diz dona de algo que não lhe pertence. Criam documentos que comprovam, baseados em suas leis, quando Gaia certamente não possui um código, com artigos, pois se tivesse seríamos condenados como assassinos, ou pelo menos seríamos culpados por extorquir dela além do que necessitamos para nossa sobrevivência.

Tudo existe por algum motivo. Da maior montanha, ao menor protozoário. Inclusive as moscas têm sua devida função, por mais incomodas que possam parecer. Então, como podemos dizer que respeitando uma lei não estaremos contribuindo para a aniquilação de nossa espécie? O que nos faz melhores que as porções de mata nativa que derrubamos pela nossa ganância? Ou alguém irá me convencer que plantando extensões quilométricas de alimentos, matos, rodovias, iremos garantir a manutenção do sistema de Gaia?

Dia 20 de agosto deste ano foi marcado o Dia de Sobrecarga da Terra. Ou seja, em 8 (oito) meses consumimos a cota de recursos naturais que a natureza poderia nos oferecer para o ano. Significa ainda que este dia foi o marco anual de quando o consumo humano ultrapassou a capacidade de renovação do planeta. Então, a partir do dia 21 de agosto até o dia 31 de dezembro estamos sugando do planeta algo que ele não tem para repor.

Simplesmente, não enxergo como destruindo aquilo que a Terra nos dá conseguiremos manter aquilo que ela nos dá... É confuso, sem lógica. Há bilhões de anos atrás, quando o planeta foi criado, começou uma constante evolução para sua manutenção, espécies foram extintas, novas foram criadas, outras evoluíram, um perfeito sistema, onde aquilo que se adapta permanece. Estima-se que a Terra sobreviva pelo menos mais uns 5 bilhões de anos. Vejam bem, estou falando do planeta. Hoje, somos parasitas aqui. Estamos destruindo a Terra, como um câncer destrói nossas células. E, assim como lutamos por nossas vidas, Gaia luta por ela, e pelos milhões de outras espécies que a habitam sem prejudicá-la. Logo, estamos não só acabando com os recursos naturais, afetando drasticamente o equilíbrio mundial, mas caminhando rumo a nossa própria extinção.

"O comportamento tribal está certamente inscrito na linguagem de nosso código genético. [...] Por sermos animais tribais, a tribo não age unida enquanto não perceber um perigo real e presente. Essa percepção ainda não ocorreu."(LOVELOCK, James. A vingança de Gaia. Ed. Intrínseca, Rio de Janeiro, 2006. P.22.)

Alguns poucos indivíduos, dentre os 7 bilhões que somos, já perceberam o perigo eminente e optaram por uma real mudança de consciência. Infelizmente, se outros não se derem conta do que está acontecendo, poderá ser tarde demais para a humanidade. Yann Arthus Bertrand diz que uma revolução espiritual, no sentido moral e ético, é necessária, onde cada indivíduo vai se dar conta do impacto de sua vida quotidiana ao planeta e, baseado nisso, irá mensurar o que poderá mudar para reduzir este impacto.

Sabemos que cada um tem seu tempo, sua forma de ver as coisas e sua dimensão de mundo, cada um observa e absorve as informações à sua maneira e às digere de modo distinto. Com base nisso, devemos promover uma mudança individual, gradativa para posteriormente partirmos para a mudança humana tão necessária. Enquanto muitos se calam sucumbindo às ordens e anseios de uns poucos, o ser humano mantém-se caminhando para sua aniquilação.

Você pode ajudar a salvar o mundo. Você deve ajudar a salvar o mundo. Tome consciência disso e espalhe essa consciência adiante!




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Dia de falar de...

Sabem aqueles dias meio assim, sei lá?!

Todos temos...
Vivemos correndo, ocupados de mais, fazendo demais, trabalhando demais, que muitas vezes não analisamos os fatos, as circunstâncias. Há os que digam que o melhor sempre é a ação, que quem muito espera acaba perdendo as melhores partes. Tudo bem, no modo de vida atual, a sociedade nos faz pensar assim mesmo. Vamos vamos, corre corre... Bem isso...E o que está acontecendo? O que você está fazendo? Está certo? Errado? É justo? Injusto? ACORDA! 

Pensar pra quê?
Para que, quando chegar aquele momento sem fazer nada, aquela hora de respirar, de frear, tua cabeça não seja assombrada por uma enxurrada de perguntas e questionamentos.

Questionamentos esse, que geram dúvidas, receios, raiva, tristeza, dor.
DOR. Passamos o dia correndo e não nos damos por conta como somos frágeis. Aí, você pára. Respira fundo. E se poem a chorar. Isso, põe pra fora toda essa dor. Pára de guardar, ninguém tá vendo mesmo. Agora pensa, em tudo, busca a fonte da dor. Vamos! Já! Revire a mente, encontre-a, como um cão farejador encontrando a muamba traficada. Porque é isso que você busca! O que foi traficado para o interior da sua mente.

Como assim??? Você pergunta. É isso mesmo. Assim mesmo. Pensamento traficado. Mas de onde??? Você segue perguntando. De um lugarzinho mais abaixo. Sabe aquele da música? "Do lado esquerdo do peito..."
É, o maldito, o cruel, é até irônico dizer, mas também insensível, coração. Mas  a culpa não é totalmente dele sabe?! Lembra da correria? Do não parar? Do não pensar? Questionar? Analisar? Justamente... Você correu, você fez, você trabalhou... E empurrou uma série de dúvidas, forçando o coração a absorver.

E, em algum momento você pára, você respira fundo, e o coração entende que agora é a hora! E você chora. Chora por não questionar. Por não analisar. Por deixar essa dor te consumir agora. E a culpa é toda sua, sua porque não pensou. O ser humano é considerado o único ser racional da face da Terra. Racional, do latim "rationalis": aquele que raciocina, dotado de razão. Poutz! Você se dá conta que não seguiu a SUA NATUREZA. Você seguiu uma série de paradigmas impostos pela sociedade. Você fez o que os OUTROS queriam, vocês agiu pelos outros. Você deixou que pessoas além de seu mundo pensassem por você. E pior! Você aceitou isso, ignorou as possíveis consequências.

Mas, por ironia do destino, dizem também que para tudo existe solução, que no final, tudo acaba bem, e que o que está escrito não pode ser mudado.

QUE TAL PARAR PARA PENSAR AGORA?
Creio que ainda exista salvação.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Vida...

Essa tal de vida é curiosa. É impressionante como tudo nela não é horizontal ou vertical, mas sim circular. O que você planta aqui, você colhe ali. As vezes você planta e colhe no mesmo lugar, mas a vida precisa dar uma volta de 360° pra chegar no seu objetivo final. As vezes você rejeita aqui, mas ali passa a querer de volta. A dinâmica da vida é interessante. Sabe quando você é dispensando de um trabalho e lá na frente encontra o seu antigo patrão no mesmo lugar, e você em uma outra etapa da vida? Talvez ser dispensado tenha te ajudado a crescer. Ou quando acaba um relacionamento, e lá na frente não entende como chegou a gostar daquela pessoa? Eu não sou daqueles que descarta as coisas boas só porque o final não foi “feliz”. Se fosse assim, eu jamais gostaria de Lost por ter tido um final tão questionável (e olha que eu gostei). A trajetória foi linda. Quando eu faço uma viagem, não penso só na partida e chegada. Eu penso na estrada. Penso nos momentos que vamos ter no caminho. As vezes algo muito bom tem que acabar. É inevitável. O fim machuca, mas ensina. E quem disse que é errado se entregar em tudo que você queira fazer nessa vida? Errado é não se entregar.

Essa tal de vida é uma brincalhona. Quando você decide seguir um rumo, ela vem e dá um punch na sua cara. Ela te mostra que existem outros caminhos interessantes. Talvez outras oportunidades. A vida te aproxima e te afasta dos amigos. A vida te aproxima e te afasta de quem você ama. A vida é linda, mas é cruel quando quer. Quando eu digo que estamos aqui na Terra apenas para amar e ser feliz, é porque eu acredito. Mas eu sei que não é fácil. Talvez por isso eu valorizo tanto esses dois objetivos. Da mesma forma que temos como objetivo ter um bom emprego, ter uma boa faculdade, ter bens materiais… acredito que também temos que colocar como objetivo “ser feliz”. O que é ser feliz? Talvez seja jogar fora tudo aquilo que te faz mal. Talvez seja aprender que é bom estar do lado de quem te faz bem. Talvez seja dar risada com amigos. Talvez seja brigar com seus amigos. Talvez seja fazer as pazes com os seus amigos. Talvez seja conversar besteira com seus irmãos, pai, mãe. Talvez seja conversar com seus colegas online. Talvez seja mandar uma mensagem no WhatsApp para aquela pessoa que você se importa. Talvez seja assistir aquele filme que você tanto queria. Talvez seja olhar pra cara do Timão e imaginar ele cantando Hakuna Matata (olhei agora e imaginei, haha). A gente tem que se agarrar aquilo que nos faz bem.

Essa tal de vida é surpreendente. Sabe aquela sensação de estar muito bem com você mesmo, daí você olha pra trás e pensa: “é, passou”? A vida é feita de recomeços e fins. Talvez algumas coisas não precisassem ter fim, né? “Nem tudo é pra sempre”. Ouvi isso de tanta gente. Eu consigo dizer várias coisas que são pra sempre. E acho que todo mundo tem algo assim na cabeça! Sabe o que é pra sempre? A minha busca pela felicidade. É quase que insaciável. Eu sou igual ao Calvin: “Felicidade não é boa o suficiente pra mim, eu exijo EUFORIA”. Acho que todos deveriam levantar a bunda a cadeira, sair dessa zona de conforto e tentar mudar um pouco a sua vida. Sabe aquela máxima do filme Curtindo a Vida Adoidado? "A vida passa rápido demais, e se você não parar de vez em quando para vive-la acaba perdendo seu tempo”.

Sinto que estou fortalecido. Queria que todo mundo estivesse também. E estou muito disposto e doido pra arriscar! A estrada é longa, bora aproveitar a viagem. Quem quer subir no carro?"


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Caminhos...

Escolhas são precedidas de renúncias.
Quando escolho aquilo, abro mão do outro ; se vou por aqui, deixo de ir por ali ; caminhando até lá, deixarei de caminhar até o outro lado.
Não posso ter tudo o que quero.
Decidindo por determinado caminho  serei obrigado a fazer outras escolhas, de forma que na vida  sou colocado sempre em cheque.
Uma escolha pode determinar como serei eu, filhos, netos e assim por diante e, diante disso, a possibilidade de errar faz com que muita gente simplesmente não ande.
Se em tudo há cobranças e errar pode ser fatal, como caminhar ?
Acontece que ficar parado também é uma escolha e, acredite, entre todas decidir não caminhar geralmente é uma das piores.
É como querer ficar parado na esteira rolante.
A vida se move muito rápido para que eu resita a caminhada.
Faça seu caminho.
Querer o mundo inteiro é ficar sem nenhum a medida em que, pensando assim, você abre mão de ter o único que lhe completará: seu próprio mundo.
De dentro para fora, primeiro no coração, mente, sentidos, depois o mundo de fora que será nada menos do que reflexo do que  antes começou aí; em que mundo você quer viver ?
Lembre-se que sempre haverá renúncias, nem tudo o que você quer será exatamente assim mas, se resistir a caminhada, nunca saberá o que tem pela frente
Siga em direção ao seu mundo, faça suas escolhas, caminhe e, acredite: você ainda terá muitas surpresas. Afinal de contas meu mundo é exatamente do tamanho do que antes decidi ser interiormente.

Que caminho você vai seguir ?

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Baleias ME emocionam

Agora pela manhã minha irmã me pediu que opinasse em um texto que ela havia escrito para um trabalho da escola. A proposta era que os alunos lessem o texto "Baleias não me emocionam" de Lya Luft e redigissem uma dissertação crítica, na posição de ambientalistas. A professora Rose Schio merece os parabéns, ótima proposta para o desenvolvimento do senso crítico dos jovens!

Partindo disso, li o texto de Lya Luft e brevemente redigi minha opinião e apresentei à minha irmã, e agora deixo aqui registrada e vos apresento abaixo:

Tudo que foi citado são problemas de mesma origem
se o ser humano não deixasse sua ancestralidade para traz, se não resolvesse viver pelo dinheiro, pela ganância, pela soberba, nenhum dos problemas existiria.
Mas, acredito que, a infelicidade maior foi dizer que a vida das baleias vale menos que a vida dos humanos
O que nos faz melhor que eles?
O que nos faz tão mais importantes?
A sociedade é hipócrita.
Essa é a verdade.
Se todos vivêssemos, bem como tu citou, como nossos irmãos indígenas, em comunhão ao meio ambiente,
em união com todos os seres,
mantendo o equilíbrio de vida planetário
nosso futuro era certo e não haveria os problemas que assolam a humanidade hoje.
O que o mundo precisa é de uma mudança de consciência, uma retomada de princípios e valores.
Aí, não precisaremos comparar baleias e seres humanos (em conversa pelo facebook, com Bruna Cristina de Vargas, enviado às 10h45min de hoje)

Este: http://veja.abril.com.br/250804/ponto_de_vista.html é o link para o texto da Lya Luft, se quiserem apreciar e, quem sabe, apresentar também uma opinião.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos

A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos

O empresário certo é o que investe em seus funcionários nos momentos incertos; o funcionário certo é o que aposta na empresa nos momentos incertos; os colegas certos são os que permanecem lutando, junto com você, nos momentos incertos; o amor certo é o que está ao seu lado, chova ou faça sol, nos momentos incertos.

Pablo Neruda disse certa vez:
a pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos.
E isso faz toda a diferença do mundo, já que a vida é repleta de momentos incertos.
Nos momentos de sua vida nos quais tudo está indo bem e dando certo, as pessoas erradas se aproximam.

Você não as notará, porque está tudo certo.
Verá o melhor delas, porque está tudo certo.
Gostará mais delas, porque está tudo certo. Será mais fácil de iludir você, sua empresa, departamento ou até toda a sua família, amigos e colegas, porque está tudo certo.

Como um cruzeiro em um iate, todos nós sofremos uma certa dose de "ilusão das férias de verão" quando conhecemos alguém, seja na vida profissional ou pessoal, com a qual só experimentamos momentos de calmaria, de festas, baladas e alegria.

Momentos muito bons, mas nos quais é impossível separar o "joio do trigo". Momentos nos quais só vemos o melhor ângulo da personalidade de uma namorada (ou namorado), um funcionário, um sócio, um parceiro. Temos, portanto, uma visão perigosamente mono dimensional.

Muitos casamentos acabam, quando marido e mulher, descobrem que a personalidade da outra pessoa é muito mais complexa do que podia ser visto durante a fase de namoro e noivado - especialmente quando aquela fase não ofereceu "crises" para testar o casal. Os dois só viram o "trigo", antes do casamento, descobrindo o "joio" depois.

Sim, há casos em que o joio é visto bem antes, mas alguns de nós fazemos questão de fingir que não estamos vendo nada, ou acreditamos na fantasia de que depois essa pessoa mudará...

Quantas pessoas que você considerava "grandes amigos", não se afastaram imediatamente, assim que você perdeu aquele emprego? Sim, é impossível avaliar amigos, colegas, funcionários e amores sem o teste das crises.

Para conhecer realmente essa pessoa, você tem que observa-la quando o iate entrar em uma tempestade gigantesca no meio do oceano, quando o navio estiver sob risco de afundar, e um grupo de piratas começarem a destruir tudo e invadir a nau.

Neste momento, você verá, de modo cristalino, quem é que corre para os botes salva-vidas esquecendo-se completamente de você, da empresa ou do projeto, e quem está com você até o fim -seja este fim qual for.

Por isso, antes de julgar alguém pelo belo sorriso em um dia de sol, veja se o sorriso ainda está lá, mesmo que haja lágrimas em um dia de chuva.

Como explicou Pablo Neruda:
A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Necessidade difícil de entender?

"O que está, finalmente, em jogo com a questão climática? Estão em jogo duas práticas em relação à Terra e a seus recursos limitados. Elas fundam duas eras de nossa história: a tecnozóica e a ecozóica.

Na tecnozóica se utiliza um potente instrumental, inventado nos últimos séculos, a tecno-ciência, com a qual se explora de forma sistemática e com cada vez mais rapidez todos os recursos, especialmente em benefício para as minorias mundiais, deixando à margem grande parte da humanidade. Praticamente toda a Terra foi ocupada e explorada. Ela ficou saturada de toxinas, elementos químicos e gases de efeito estufa a ponto de perder sua capacidade de metabolizá-los. O sintoma mais claro desta sua incapacidade é a febre que tomou conta do Planeta.

Na ecozóica se considera a Terra dentro da evolução. Por mais de 13,7 bilhões de anos o universo existe e está em expansão, empurrado pela insondável energia de fundo e pelas quatro interações que sustentam e alimentam cada coisa. Ele constitui um processo unitário, diverso e complexo que produziu as grandes estrelas vermelhas, as galáxias, o nosso Sol, os planetas e nossa Terra. Gerou também as primeiras células vivas, os organismos multicelulares, a proliferação da fauna e da flora, a autoconsciência humana pela qual nos sentimos parte do Todo e responsáveis pelo Planeta. Todo este processo envolve a Terra até o momento atual. Respeitado em sua dinâmica, ele permite a Terra manter sua vitalidade e seu equilíbriio.

O futuro se joga entre aqueles comprometidos com a era tecnozóica com os riscos que encerra e aqueles que assumiram a ecozóica, lutam para manter os ritmos da Terra, produzem e consomem dentro de seus limites e que colocam a perpetuidade e o bem-estar humano e da comunidade terrestre como seu principal interesse.

Se não fizermos esta passagem dificilmente escaparemos do abismo, já cavado lá na frente."
Leonardo Boff – http://leonardoboff.com/

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Um pouco de mim...

Já não é a primeira vez que uso o blog convertendo minha energia em palavras escritas, e aqui vamos nós mais uma vez...
É duro chegar aos 24 anos e perceber que tudo aquilo que seus pais viviam dizendo, era verdade. Aí a gente descobre que vivência é mais importante que qualquer sentimento e que, por mais que você ache que está com toda a certeza do mundo, de uma hora para outra tudo muda, e o que já estava escrito acontece, e sempre será assim.
Sempre digo que o problema mundial, planetário e universal, é que o ser humano perdeu sua maior característica, a humanidade, e com o passar do tempo a história apenas se confirma. A pessoa cresce em um mundo perfeito, quase que um conto de fadas, mas mais próximo da realidade, e em algum momento na vida, de vez, descobre que viveu uma mentira, que as poucas verdades que eram apresentadas para ela, foi o que ela optou por deixar para trás. Essa mesma pessoa tem como ideal de vida, ou como princípio, que mudar o mundo é possível, que as pessoas precisam perceber isso, aí ela confia demais, acredita demais, e quebra a cara.
O mundo perfeito se desfaz, a história lindíssima se corrói, e tudo que ela ouviu um dia que iria acontecer, realmente acontece. E o caminho que ela estava tentando trilhar de forma correta e tranquila apresenta uma imensa parede a ser escalada, e será com a forma dela enxergar as coisas, com a capacidade dela lidar com tudo isso, que dirá como ela alcançará o topo.

Nos meus 12 anos de escoteira, aprendi diversas técnicas de orientação e sobrevivência, porém, não nos ensinam a reconstruir uma vida. Não nos ensinam a juntar os cacos e colar, tentando criar a verdadeira história.
Mas, o escotismo me ensinou a ser forte, a superar, a me erguer, e a acreditar. Um novo mundo é possível SIM. A mudança tão necessária nas pessoas vai acontecer. Não se pode perder a esperança.  Confiar é necessário. Mas, dessa vez, vamos aos poucos, puxamos o freio agora. É injusto uns pagarem pelos outros, com certeza é, mas mais injusto são duas pessoas pagarem e sofrerem por uma mesma história, uma mesma mentira, contada duas vezes. O tempo se encarrega de derrubar as máscaras.


Seguimos...

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Oração Kahuna Do Perdão

"Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei AGORA alguns momentos para “perdoar”.

A partir deste momento, eu perdoo todas as pessoas que, de alguma forma, me ofenderam, me machucaram ou me causaram alguma dificuldade desnecessária.

Perdoo sinceramente quem me rejeitou, me entristeceu, me abandonou, me humilhou, me amedrontou ou me iludiu.

Perdoo, especialmente, quem me provocou, até que eu perdesse a paciência e acabasse reagindo agressivamente, para depois me fazer sentir vergonha, culpa, ou simplesmente, sentir inadequada.

Reconheço que também fui responsável por estas situações, pois muitas vezes confiei em indivíduos negativos, escolhi usar mal minha inteligência e permiti que descarregassem sobre mim suas amarguras, suas histórias, seus traumas e seu mau humor.

Por tempo demais suportei tratamento indigno, humilhações, medo, grosserias e desamor, perdendo muito tempo e energia, na tentativa de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.

Agora, me sinto livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com pessoas e ambientes que me diminuem e, principalmente, destas pessoas que se sentem incomodadas com a minha presença e a minha luz.

Iniciei, agora, uma nova etapa na minha vida em companhia de gente mais positiva, cheia de boas intenções, gente amiga, que se preocupa em ser saudável, alegre, próspera e iluminada. Gente preocupada em melhorar a qualidade de vida – não só a nossa, mas de todo o planeta.

Queremos compartilhar sentimentos nobres, aprendendo uns com os outros e nos ajudando mutuamente, enquanto trabalhamos pelo nosso progresso material e nossa evolução espiritual sempre procurando difundir nossas ideias de unidade, de paz e de amor.

Procurarei valorizar sempre todas as conquistas que fiz e o amor que tenho em mim, evitando todas queixas desnecessárias, que me seguram nesta frequência, de onde já consegui sair.

Se, por um acaso, eu tornar a pensar nestas pessoas com quem ainda tenho dificuldade de convivência, lembrarei que elas todas já estão perdoadas.

Embora eu não me sinta na obrigação de trazê-las novamente para minha intimidade, eu o farei, se elas demonstrarem interesse em entrar em sintonia.

Agradeço pelas dificuldades que elas me causaram, pois isso me desafiou e me ajudou a evoluir, do nível humano comum, a um nível de maior amor e compaixão, maior consciência, em que procuro viver hoje.

Quando eu tornar a lembrar destas pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas qualidades e também liberá-las, pedindo ao Criador que também as perdoe, evitando que elas sofram pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em outras.

Também compreendo as pessoas que rejeitaram meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito de cada um, não poder ou não querer corresponder ao meu amor.

 (Fazer uma pausa e respirar profundamente por algumas vezes para acumular energia)

Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma consciente ou inconsciente, magoei, prejudiquei ou fiz sofrer.

Analisando o que fiz ao longo da minha vida, sei que minhas intenções foram boas, embora nem sempre tenha acertado e que, estas coisas que fiz de bom, são suficientes para resgatar a dor do meu aprendizado, ainda deixando um saldo positivo ao meu favor.

Sinto-me em paz com minha consciência e, de cabeça erguida, respiro profundamente………. prendo o ar………… e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao meu EU SUPERIOR.

*Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.

Agora, dirijo uma mensagem de fé, ao meu EU SUPERIOR, pedindo orientação, proteção e ajuda para a realização, de um modo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual estou trabalhando com dedicação e amor. ( citar o projeto ) e que será, com certeza, para o bem maior de todos os envolvidos.

Também peço que minha fé seja firme e que eu possa, cada vez mais, tornar-me um canal, uma conexão permanente com os Seres de Luz, desenvolvendo todos os potenciais que possam facilitar esta comunicação. Que eu perceba todas as respostas às minhas perguntas e dúvidas, reconhecendo os sinais claros que estiver recebendo, sempre protegida e amparada pelo Universo.

Agradeço, de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e me comprometo a retribuir trabalhando para o bem do próximo, para sua alegria, seu bem-estar, atuando como agente catalisador de harmonia, entendimento, saúde, crescimento, entusiasmo, prosperidade e auto realização.

Tudo farei sempre em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno e infinito que sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.

Assim seja e assim será."

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pensando...

"É hora, sim, de pensarmos em como seria a vida urbana e no campo se parte da ética e do fazer das ecovilas pudesse ser vivenciada pelos cidadãos, ainda que sem fórmulas prontas, universais. E mais: pensarmos de que maneira esse conjunto de experiências das ecovilas pode ajudar a humanidade a superar as barreiras e desafios socioambientais que se nos apresentam.

Coisa de hippie, de bicho-grilo, de ecochato. Muita gente ainda pode até pensar que viver numa comunidade com valores ecológicos é coisa de gente esquisita, desajustada (no sentido pejorativo do termo – se é que há algum). Sabe o que eu acho? Que isso está mudando, e muito. Para mim, fazer essa opção exige coragem, mas, acima de tudo, confiança na capacidade humana de transformar o mundo à nossa volta – e na escolha de ser “cobaia” de uma experiência que não depende de escolhas individuais, mas sim de caminhos trilhados em grupo.

Gente sem esperança não muda, não reage, não ousa. E o momento presente pede isso. É por isso que me dedico hoje a experimentar uma vida nova, mais longe das facilidades urbanas (que nos cobram um alto preço, sempre), mas mais perto de tudo de que preciso para experimentar meu discurso no dia a dia, e, quem sabe, convidar mais e mais pessoas para essa mesma jornada."

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Texto que um dia quero redigir com as minhas próprias palavras e sentimentos...

"Mudança para a ecovila!Giuliana Capello - 03/04/2012 às 14:22

É estranho dizer isso, mas meu sonhou virou realidade. Estou fazendo as malas para me mudar para a Ecovila Clareando neste feriado de Páscoa. Há pouco mais de um ano, me mudei de São Paulo para a cidade de Piracaia, mas ainda na área urbana. E a partir de amanhã começo minha passagem para o campo, a zona rural da cidade, a 15 km do centro.
Desde que entrei para a comunidade até hoje, são tantas as histórias e as descobertas que não caberiam aqui, nem em palavras, nem em sentimentos. Mas toda semana relato um pouquinho a você, na esperança de inspirá-lo(a) a dar passos importantes em direção a uma vida mais plena, cheia de sentido e conectada à natureza. E sabe por quê? Porque essas escolhas fazem um bem danado à gente, pode acreditar!
Como explicar o que sinto neste momento? Talvez este seja o post mais difícil que já publiquei até hoje, porque meu coração tem, neste exato instante, zilhões de borboletas voando e pulando feito criança no jardim. Sinto uma gratidão enorme por ter recebido tantos presentes maravilhosos desde que resolvi que faria da minha vida uma constante caminhada em busca de integração (e devoção, por que não?) à nossa Mãe Terra.
Comecei com passos pequenos, no dia a dia da metrópole, separando o lixo de casa, fazendo uma composteira e usando o adubo num pequeno herbário doméstico. Depois vieram os cursos, as vivências, as partilhas, as pessoas bacanas que conheci e passaram a caminhar ao meu lado, as sementes inspiradoras, o coração batendo mais forte, a ânsia de mergulhar cada vez mais e mais.
Com esses pequenos hábitos mudados, outros foram se transformando lentamente: reduzi minhas compras, tornei minha alimentação menos industrializada, passei a praticar yoga e a trabalhar em casa, aprendi que meditar é delicioso. Fiz amigos que hoje são meus irmãos no sentido mais amplo que você possa imaginar. E como sou grata a eles! Eles me ajudaram a seguir em frente nos momentos de insegurança, me ensinaram que junto se vai mais longe, que sonho sonhado junto tem mais força e ganha peso de verdade, tangível, como algo desconhecido mas que já tem sabor. E, claro, tive sempre a companhia fundamental do meu marido, sempre ao meu lado, descobrindo comigo que uma vida mais simples pode ser incrivelmente mais gostosa.
É, chegou a hora de dar o passo que faltava. Tenho consciência de que ninguém muda do dia para a noite só porque trocou de endereço. Mas me sinto pronta para esta nova etapa da minha vida, porque me vi transformando comportamentos ao longo do tempo, devagar, um pouquinho por dia.
Já não compro mais roupas com frequência (aliás, nem passo roupas há, pelo menos, sete anos), não pinto o cabelo com a cor da moda nem frequento shopping centers. Não tenho tv a cabo em casa e, cá entre nós, a programação da tv aberta dispensa comentários… Também não adquiri o hábito de fazer up grades de equipamentos (meu celular já fez aniversários e não tenho nenhum item da família iPod, iPad etc, nem acho que isso me faz alguma falta – que me perdoem os malucos por tecnologia). Rede social, para mim, como diz um amigo querido, é aquela que está pendurada na varanda e disponível para os amigos 24 horas por dia…
Agora é a hora. E me sinto com coragem para isso. Ouvir de muitos desconfiados que minha opção de vida era maluquice não me desanimou, mas muito me ajudou a fortalecer e até a entender os motivos que me trouxeram até aqui. E são tantos, se você soubesse!
Nosso planeta é magnífico, quero aprender com ele, com seus ritmos, tempos, destemperos. A varanda da minha casa na ecovila tem uma vista para um vale fantástico, na direção leste, o que me possibilita ver o sol nascer, ver a neblina se dissipar lentamente nas primeiras horas do dia, contemplar a chuva, sentir o vento, ter o prazer e a gratidão de ver um arco-íris inteirinho, abençoando a ecovila como num abraço dos céus. (Confesso: é difícil não flertar com o divino nessas horas…)
Que mais posso dizer? Ah, sim, este blog deve mudar um pouquinho, junto comigo, é claro. Talvez ele se fortaleça como uma pequena e humilde ponte entre dois mundos que ainda precisam descobrir elos importantes: o rural e o urbano. Muito se fala de sustentabilidade nas grandes cidades, mas poucos se lembram de que o campo ainda é o ambiente que sustenta a vida dos cidadãos que pisam em asfalto o tempo todo – basta lembrar que a água e boa parte dos alimentos que abastecem as grandes cidades vêm dos municípios vizinhos, que ainda conservam gente no campo e rios menos poluídos… E quem sou eu no meio de tudo isso? Por que resolvi deixar em segundo plano as novidades contemporâneas e a velocidade frenética dos tempos atuais para viver no meio do mato? Quantos outros como eu estão nessa mesma busca? E por quê? É isso que quero partilhar, trocar, tentar entender aqui…
Nossa ligação com o campo e a terra (e a Terra) precisa ser burilada com delicadeza e persistência, todos os dias. O campo não é um lugar para ser esquecido, mas zelado, compreendido, valorizado, redescoberto. Para ser bem sincera, nunca havia pensado em morar tão longe da cidade, mas também não sabia que era possível viver em comunidade em pleno século XXI. Quando nos abrimos para novos horizontes, certezas antes absolutas adquirem frestas que nos fazem enxergar o mundo por outro ângulo. E isso é bom! É muito bom!
Este é o convite que gostaria de fazer a você, caso esteja em busca de uma vida mais sustentável, mais ecológica, mais alinhada com os pedidos de ajuda que nosso planeta nos faz diariamente: não tenha medo de mudar, não deixe que a incerteza bloqueie seus sonhos, não espere a aposentadoria para pensar naquele sítio tranquilo ou na casa com quintal que seus filhos iriam adorar. A hora é agora, e do outro lado do arco-íris há um mundo que só você pode descobrir."

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Momentos atuais...

Texto de Roger N. Walsh de 1990. Os números podem estar um pouco desatualizados, mas sua relação com a atualidade é certa. Precisamos mudar nossas necessidades, precisamos focar no que realmente importa, precisamos retomar nossa posição como seres humanos, como racionais. E, de repente assim, conseguiremos nos salvar da extinção.


"Não é segredo nenhum que estamos num momento de imensas oportunidades e riscos enormes. Embora tenhamos recursos para criar um verdadeiro Céu na Terra, parecemos apenas estar criando um verdadeiro inferno.

Os números são conhecidos, mas não menos aterradores. Nossa população está explodindo, aliás duplicando-se a cada quarenta anos. Nosso meio ambiente está sendo destruído por lepras químicas emanadas da população urbana, da chuva ácida, da destruição da camada de ozônio, do dióxido de carbono e da população tóxica. Nossas florestas estão desaparecendo e os desertos aumentando.


Perto de vinte milhões de pessoas, a cada ano, morrem devagar, sofrendo dores, e desnecessariamente de fome, e mais de setecentos milhões são subnutridos.


Como se não bastasse, pairando como uma nuvem agourenta acima disso tudo, está a ameaça nuclear, que representa a possível eliminação não de culturas e indivíduos apenas, mas de toda a civilização. As ogivas nucleares atuais podem conter poder explosivo equivalente a 20 bilhões de toneladas de TNT, o que é suficiente para lotar um trem e seus vagões enfileirados por quase 7 milhões de km. Esse trem daria a volta na Terra cento e sessenta vezes ou iria até a lua e voltaria oito vezes.


Mesmo que essa armas continuem inativas, ainda sim causam morte e sofrimentos indizíveis. Todos os anos, o mundo gasta mais de US$ 1 trilhão em armamento. Contudo, a Comissão Presidencial Sobre a Fome no Mundo estimou que custaria apenas US$ 6 bilhões por ano para erradicar a fome e a destruição do planeta, numa quantidade equivalente menor do que os gastos com três dias de armamentos. Não é de espantar que o Papa Paulo IV tenha deplorado como a corrida armamentista mata, sejam as armas usadas ou não.


Portanto, estamos diante de uma momento decisivo da história humana, em que há possibilidades incontáveis de um lado, e sofrimento interminável, de outro. Em nenhum outro ponto da história humana, tivemos maiores oportunidades e riscos.


É também notável em nossa era, além do alcance inacreditável e da urgência absoluta de nossos problemas, que pela primeira vez, em milhões de anos de evolução, todas as grandes ameaças à nossa sobrevivência são causadas pelas pessoas . 


Problema de ausência de alimentos, poluição e armas nucleares decorrem diretamente de nosso próprio comportamento e de medos, esperanças, fobias e fantasias, desejos e delírios que dão força a tais comportamentos. O estado do mundo, em outras palavras, reflete o estado de nossas mentes. Os conflitos que nos rodeiam reflete os conflitos que temos dentro de nós; a insanidade que existe ali adiante é um reflexo em espelho da insanidade que existe em nós.


O que isso significa é que as atuais ameaças humanas e ao bem estar dos indivíduos são na realidade sintomas de nosso estado mental coletivo e individual. 


Para compreendermos e corrigirmos a condição do mundo, devemos entender melhor a fonte tanto de nossos problemas, como das soluções : nós mesmos. Como disse o senador W.F. " Só com base num entendimento de nossa conduta é que podemos ter esperança de controlá-la de maneira de maneira a assegurar a sobrevivência da raça humana " . Nada disso pretende negar a importância das forças sociais, militares e econômicas. Pelo contrário, pretende salientar raízes psicológicas que a sustentam e que em geral, não são sequer mencionadas.


Essas raízes psicológicas estão se tornando cada vez mais compreendidas e está em andamento a realização de um trabalho destinado a criar uma psicologia da sobrevivência humana. Já foram identificados muitos fatores psicológicos e alguns deles relacionam-se diretamente ao xamanismo e à sua visão de mundo. Entre eles, estão nosso relacionamento interpessoal, nossa relação com a Terra e com as formas de vida que nela existem.


A visão predominante, no Ocidente, tem sustentado - pelo menos uma perspectiva sutil - que o mundo e tudo o que nele existe serve para nos beneficiar. A Terra em geral tem sido considerada um imóvel inanimado disponível para para nossas iniciativas de espoliação. Quantas às formas de vida existentes , presume-se, normalmente, que como diz o Gênesis " temos domínio sobre os peixes do mar, os pássaros do ar e todas as outras coisas vivas que se movem na superfície da Terra". Em resumo, vemo-nos como seres separados e superiores a tudo o que está dentro e fora da Terra, e temos abusado dessa perspectiva para justificar a destruição de tudo o que se interpuser em nosso caminho.

Consideramo-nos também seres separados uns dos outros. 

Embora possamos nos comunicar com todos, relacionarmos, e até mesmo, amarmos, em última instância vivemos e morremos sós. Salientamos a nossa distância em relação aos outros mais do que o nosso elo de ligação com eles, nossa independência mais do que nossa interdependência.

Esta visão de vida coloca poucos obstáculos à nossa agressividade.

Apesar disso, através de toda a história, muitas pessoas consideraram que essa sensação de separação é a causa do medo e do sofrimento humanos. " Onde quer que existe o outro, existe o medo " proferiu o antigo texto Upanixades indiano, enquanto em nosso próprio tempo o existencialista J.P. Sartre resumiu uma visão semelhante dizendo " o inferno é o outro "."




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"E meninas, isso é o mais importante: se um cara não está te tratando bem, não espere que ele mude! Dispensa essa vergonha para a população masculina da Terra, e ache alguém que te trate com respeito. Alguém que honre seu código moral. Alguém que te faça sorrir mesmo no seu pior momento. Alguém goste de você mesmo quando você erra. Alguém que pare o que está fazendo só pra te olhar nos olhos e sorrir. Deem uma chance pros caras legais. Qualquer homem que não for um babaca vai concordar com isso. A vida é curta demais pra ficar reclamando de tudo que aparece no seu caminho, então pare e cheire as flores da vida, porque você pode nunca mais ter essa oportunidade. Pare e aproveite, porque cada uma é diferente à sua própria maneira. Corra riscos, porque se não der tudo certo, sempre haverão mais flores para se cheirar."

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O caminho de volta



Já estou voltando. Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo. Indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda.

Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras. Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!

Mas, com quase quarenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo? No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que quando chegasse lá ia ter uma placa com a palavra "fim". Antes dela, avistei a placa de "retorno" e nela mesmo dei meia volta.

Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo). É longe que só a gota serena. Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe.

Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo. E não é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram quatro vezes em quatro anos), agora vêm pra cá todo fim de semana? E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou).

Por aqui, quando chove, a Internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que alguém diz "a internet voltou!" já é tarde demais porque o livro já está melhor que o Facebook, o Twitter e o Orkut juntos.

Aqui se chama "aldeia" e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama. No São João, assamos milho na fogueira. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, contando as horas para voltar.

Aí eu me lembro da placa "retorno" e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: "retorno – última chance de você salvar sua vida!" Você provavelmente ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: "Compre um e leve dois". Nós, da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta.

Téta Barbosa é jornalista, publicitária e mora no Recife.
Enviada por: Suelen Caroline Block

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Pensando nos meus projetos em andamento, lendo um pouco, lembrei deste trecho de Olha Os Lírios no Campo que me foi apresentado há alguns anos atrás, em uma Saída de Campo, pelo Professor Mateus Oliveira. É incrível como o ser humano consegue visualizar o que precisa ser feito, mas são poucos que conseguem planejar esta visão, e são menos ainda os capazes de realmente fazer acontecer.
O ser humano perdeu o que o diferencia dos demais habitantes deste planeta: a HUMANIDADE. E como Veríssimo nos diz "De que serve construir arranhas-céus se não há mais alma humana para morar neles", precisamos resgatar essa humanidade, desenvolver o real sentido da palavra cooperação, entender que a Terra não nos pertence, somos apenas ferramentas de um sistema vivo, e como toda ferramenta, também podemos ser descartados, substituídos, e o rumo que dermos ao mundo, ditará se estaremos nos aniquilando, se estaremos sozinhos, ou se salvaremos a todos. Nosso sistema social e econômico mundial está em ruínas, guerras, crises, miséria, temos exemplos diários do mal que o ser humano está causando a sua própria espécie. Uma revolução é necessária. Cabe a nós decidirmos se tomaremos frente à essa briga ou se deixaremos nos consumir pela ruína... Que tal ser a mudança que você tanto quer ver no mundo???

“Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças e da incompreensão de nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranhas-céus se não há mais alma humana para morar neles […]É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiverem deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu…É indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da violência e sim com as do amor e da compreensão. Quando falo em conquistar esse mundo, quero dizer a conquista duma situação decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, do espírito de cooperação…" (Érico Veríssimo)


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Quatro leis da espiritualidade

Na Índia, são ensinadas “quatro leis da espiritualidade”:

A primeira diz: "A pessoa que vem é a pessoa certa". Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo conosco, têm algo para nos fazer aprender e evoluir em cada situação.

A segunda lei diz: "Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido". Nada, nada absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum "se eu tivesse feito tal coisa..." Ou "aconteceu que um outro ...". Não. O que aconteceu foi tudo o que deveria ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem nas nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz: "Toda vez que iniciares algo é o momento certo". Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo nas nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última afirma: "Quando algo termina, termina". Simplesmente assim. Se algo acabou nas nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e enriquecer-se com a experiência.

Não é por acaso que estamos a ler este texto agora. Se ele veio à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado!

“Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira direta do amor”.

Que Deus nos abençoe nesta caminhada rumo ao progresso espiritual e que estejamos sempre em suas mãos para Lhe servir de instrumento do seu amor.

domingo, 28 de julho de 2013

A terra não pertence ao homem...

Discurso do Chefe Seattle (1786-1866), de 1845, como resposta à proposta de compra das terras onde habitava a sua tribo Duwamish, feita pelo Presidente dos Estados Unidos de então (saiba mais na fonte: página do Grupo de Permacultura da UFPA):

«O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.
Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.
Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar da água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou missanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.
O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisonte que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.
Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisontes forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometeste. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.»

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Entre lágrimas e sorrisos...

Por 9 meses, minha mãe carregou-me em seu ventre. Inconscientemente, crescia ali uma gota de mudança. A menina do meio, entre três irmãs, sabia desde o início que meus sonhos eram grandes, mas Walt Disney definiu isso da melhor forma possível: "If you can dream, you can do" (Se você pode sonhar, você pode fazer). As dificuldades do mundo real me fizeram crescer com a certeza de estar vivendo na melhor família do mundo. Juntos, enfrentamos provações, superamos dores e perdas, festejamos conquistas, conquistamos felicidades. Tínhamos o amor e a união como presentes de Deus para tocarmos a vida.
O tempo passa, e tudo vem com ele. A formação de opinião, as influências sociais, a criação de valores, os planos, objetivos. E, muitas vezes, a essência pessoal é distorcida, coberta por paradigmas e divergências culturais, na tentativa de ditar o que é o certo e o errado. Mas, em algum momento, o destino nos faz acordar. Em uma mísera fração de segundo, nos deparamos com alguma situação que nos pede um olhar diferente. E, por mais tomados de sentimentos "comuns" que estejamos, nossa essência aflora, explode clamando por atenção. Neste momento, uma pausa na vida se faz necessária, mil e um pensamentos à organizar, sentimentos difusos à orientar, ideais achados, perdidos, retomados, planos à se desligar, mas um objetivo grandioso à focar: RETOMAR A CONSCIÊNCIA DE VIDA. ACORDAR!
E quando o sol bate no rosto, quando a "ficha cai", de certa forma se percebe que se deixou de viver, se passou a um contentamento em existir, em usufruir, em consumir. E este mesmo raio de sol ilumina aquele espaço obscuro em nossa mente.
A consciência da criança renasce, os sonhos ressurgem. E quem há tempos era menina, agora se vê mulher, tomada de energia, empolgação, entusiasmo, transbordando de vida, pronta para uma última respirada bem profunda, antes de encarar aquele primeiro passo definitivo para a real mudança, que se faz tão necessária agora.


E se eu quisesse morar no meio do mato, construir uma casinha de barro, plantar, colher, viver e mudar o mundo, você me acompanharia?

Caminhos da crise...

"Quando nos despedimos, Hiroshi nos alertou sobre os caminhos que a crise atual pode nos conduzir:

Como vocês poderão enfrentar a crise mundial que está vindo? A melhor maneira é adotar um estilo de vida simples e de elevados pensamentos...
Escolham um lugar adequado para morar, mas não maior do que realmente necessitam, e se possível, num local onde os impostos e outros encargos sejam razoáveis. Façam as suas próprias roupas; conservem os vossos próprios alimentos.
Cultivem as vossas próprias hortas, e se possível, criem algumas galinhas para produzirem ovos. Cuidem vocês próprios do jardim, do contrário perderão dinheiro pagando a um jardineiro. Levem uma vida simples e gozem daquilo que Deus vos proporciona sem buscar prazeres falsos e dispendiosos.
Muito há escondido na natureza de Deus para fascinar a mente humana. Usem vosso tempo livre para ler livros proveitosos, meditem e apreciem viver uma vida sem complicações. Não é melhor viver com simplicidade, com menos preocupações e com tempo para procurar Deus, do que possuir uma mansão, dois carros, e prestações e amortizações que não consigam enfrentar?
O homem tem que voltar para o campo; isto finalmente acontecerá. Se pensam que isto não acontecerá, verificarão que estavam enganados. Independentemente de onde esteja a vossa casa e o vosso trabalho, cortem os luxos, comprem roupas mais baratas, abasteçam-se das coisas que realmente necessitam, cultivem a vossa própria comida, e ponham de lado, regularmente, algum dinheiro, para maior segurança."

( Trecho do livro: ""Permacultura e as Tecnologias de convivência". Autor: Eduardo Antonio Bonzatto. O referido trecho cita Edson Hiroshi, conhecido permacultor, proprietário da Ecovila Clareando, na Serra da Mantiqueira.)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ótimo texto do Chefe Osvaldo...

Amigo, que surpresa, você é Escoteiro? - Não diga!

Ah! Meu amigo e como sou. Nem imaginas o meu orgulho em ser um destes milhões que moram neste mundão de Deus. Sabe meu amigo, no escotismo estou aprendendo a ser alguém responsável para que todos que me amam possam um dia orgulhar. Ali junto aos meus amigos eu aprendo que o caráter é importante em cada um de nós. Que ser leal é ponto de honra, e minha palavra? Sim é sagrada. Estou aprendendo que a honra faz parte dos honestos. Que a ética é mais que tudo. Aprendo tantas coisas que cada dia que passa mais me orgulho de pertencer a este movimento maravilhoso.

Eu sei que você não sabe, mas são tantas coisas maravilhosas que acontecem comigo, que hoje sei que a felicidade pode ser alcançada e eu a já a alcancei. Sou um privilegiado por Deus em estar aqui. Saiba meu querido amigo que eu já vi um céu estrelado deitado na relva, em volta de uma fogueira cheia de amigos e amigas. Ali vi as constelações, um cometa que passa deixando um raio de luz no espaço sideral, uma lua enorme suspensa no céu. E é isto meu amigo que mais e mais me leva a certeza que o escoteiro é puro nos seus pensamentos, nas suas palavras e nas suas ações.

Eu gostaria que um dia você pudesse junto comigo dormir sob as estrelas! Fazer delas sua barraca. Ver o nascer do sol e ver ele se pôr ainda vermelho no horizonte deixando uma marca profunda em nossos corações. Quem sabe um dia vai poder comigo saborear o cheiro da terra molhada, do perfume das flores silvestres, do som maravilhoso da passarada, do piar da coruja em um carvalho qualquer. Quem sabe um dia vais poder beber a água límpida de uma nascente que corre na terra e em sua viagem irá refrescar terras e animais até que um dia vai alcançar o mar. Quem sabe você vai poder ver o lenho crepitando em uma bela fogueira onde todos riem, cantam e com seus olhos esperançosos vão vendo as fagulhas subirem aos céus, languidas e serenas até que a aragem leva-as para longe daquela clareira cheia de vida.

Meu amigo pode acreditar, é lindo e fabuloso ser do movimento escoteiro. Acho que é um privilégio de poucos e sinceramente? Poderia ser o privilégio de muitos. Quando vejo a chuva caindo em uma floresta, ouço o som imperdível aos ouvidos de um velho mateiro. Sei que você não sabe que temos uma ternura imensa com a natureza. Para nós é fácil encontrar o Norte e o Sul, seguir a sota-vento, barlavento ou encontrar o caminho a sudoeste. Nem imaginas o que é sentir o vento no rosto, descobrir as flores desabrochando nas campinas verdejante. Eu gostaria que você soubesse como é gostoso podemos tirar o calçado e molhar os pés nas águas geladas de um gostoso riacho. Poder sentar e tirar uma soneca embaixo de uma grande e frondosa árvore e olhar em volta com os olhos vibrantes às cores do céu, do mar, das montanhas onde o sol se põe. Poder ver e sentir o cheiro da relva ver o vento que sopra com amor, fazendo ondas no capim verde daquelas campinas verdejantes em vales floridos. Meu amigo, você nem imagina a maravilha que é chegar ao cume de uma montanha e ver o horizonte! Um espetáculo imperdível meu amigo!

Mas olhe, não sei se terá a oportunidade de ter o que temos. É preciso acreditar. É preciso ter fé e coragem. Aqui aprendemos que o medo é próprio dos fracos. Temos como escoteiros ajudar a todos indistintamente e ter força de vontade e amor para conviver em uma vida saudável junto dos demais irmãos escoteiros. Mas saiba, se um dia quiser, quem sabe, você pode até entrar em um Grupo Escoteiro. No entanto não se esqueça, e preste muita atenção. Qualquer um pode entrar, mas é importante saber que ser escoteiro não é para qualquer um!

Se um dia tomar a decisão e resolver mesmo, seja bem vindo. Vou lhe esperar de braços abertos. E aí então você sem sombra de dúvida será mais um irmão de tantos milhões espalhados pelo mundo. E quando for, vai saber que o nosso fundador Lord Baden Powell disse algumas palavras para os novos que marcam em cada um de nós. – Ele assim o disse um dia - Saiba você que quer ser Escoteiro, somente os valentes entre os valentes se saúdam com a mão esquerda. E se aceitar o desafio você pode acreditar que será muito bem recebido, pois nós escoteiros somos amigos de todos e irmão dos demais escoteiros.

E quando for um de nós aceite o desafio, coloque sua mochila, levante sua bandeira, cante uma canção, grite seu grito de guerra e parta conosco nesta bela aventura!
Chefe Osvaldo.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Canção das Estrelas

"Nasci assim, sem me entender. Fluí de um gênero a outro dentro de mim, experimentei, mudei, sofri, me recolhi para compreender a minha natureza. Fui aos extremos e em todos eles, em algum momento, me completei e vivi a minha própria natureza como uma criança que faz arte quando ninguém mais está olhando. Voltei à obscuridade de mim mesmo, repreendi, sufoquei e parei de viver. Subsistia apenas, até que a força natural do que se é emerge em algum ponto da existência. E a vida? Essa, passa a inexistir, sem sentido, sem porquês, apenas se sobrevive. Mas como se diz, a natureza é sábia, e a vida retorna quando encontramos o sentido dela, o sentido de cada um, um novo despertar para aquilo que somos. Nesse momento, as convenções são abandonadas, a natureza fala mais forte e, por incrível que pareça, nesse mundo adoecido de valores e imposições, de esquecimentos, nós passamos a ser os subversivos da "ordem" dita natural. Estamos planejados na matrix, nós, os "subversivos" da ordem dita "natural". E assim como os seres andróginos na mitologia grega, nos é imposto a divisão do nosso ser, a escolha para estar de um lado ou do outro, caso contrário, somos ameaçadores, devemos ser ignorados, combatidos, incorporados ao modelo até que nos ajustemos como a uma roupa que não nos cabe.

Voltemos no tempo. Por um acaso, as tradições milenares são sábias, reconhecem o masculino e o feminino dentro de cada um de nós, dentro de cada coisa que vibra em energia nesse Universo. Juntas, criam, destróem, reconstróem. Separadas, incompreendidas, podem ser enfraquecidas e até aniquiladas. O princípio do Tao evoca a fluidez entre masculino e feminino, a completude, a gama de matizes infinitas dentro dessas possibilidades e, mais uma vez, no vazio e no cheio, no completo e no incompleto, no tudo ou no nada, a natureza manifesta-se novamente. Simples, paradoxal, belo e complexo, como nós.

Vamos um pouco mais adiante no tempo agora. Talvez algo que hoje lhe pareça mais familiar, como as recentes teorias sobre identidades de gênero, calcam seus pés em coisas ancestrais, em parte, mas distorcidas a bel prazer de uns e de outros. Como se diz, nada se cria, tudo se transforma. Mas se tranforma em coisa bela ou em algo fatal para aniquilar-nos novamente. Infelizmente, muitos se apropriam para legitimar suas visões de mundo. Criar uma criança sem gênero, para que ela venha a escolher o que é a sua real natureza? Nada de novo. Já se fazia isso nas tribos nativas, mais precisamente nas da América do Norte, isso sem citar outros lugares, onde tem ressurgido com força o resgate dos seres winkte, "aqueles que mudam", ou os chamados mais popularmente de dois-espíritos. Suas naturezas sobrepunham-se ao seu sexo biológico. Eram considerados seres sagrados, que transitavam no binarismo masculino-feminino sem serem julgados. Apenas eram. Dois espíritos, um homem completo, um uma mulher completa, dentro de um só ser. Podiam ser excelentes guerreiros, chefes, maridos, esposas, tecelãs, ou mulheres e homens medicina, poderiam ser as duas coisas, se assim sentissem suas naturezas. A sua sacralidade era mantida, pelo poder que emanavam, por serem dádivas do Grande Espírito, por serem simplesmente parte da vida e da natureza que flui, sábia em si mesmo. Seres estes, que justamente por serem tão sagrados e vitais, foram escondidos dos colonizadores. O que dizer das chamadas crianças "índigo"? Todos somos índigos. Todos fomos rebeldes com ou sem causa, tolhidos pela domesticação que nos é imposta, sufocamos nossas potencialidades, nossas vontades e qualidades. Nada de novo, outra vez, se formos analisar como são criados os pequeninos seres nas nossas próprias tribos em território brasileiro, e em outros. Livres, para aprender a cair e a levantar-se. Não precisam de teorias que não seja a sapiência de seus cuidadores em saber que a natureza e a vida se encarrega de ensiná-los aquilo que não pode ser ensinado a não ser por suas experiências.

Por fim, pergunto a cada um que lê nesse momento, que reflexão fazes dentro de ti?

Que roupagem teremos que tomar para que haja respeito para com o que realmente somos?

Porque o "diferente" tanto assusta no hoje? Porque deixamos de ser humanos, deixamos de ser natureza para sair fora dela e vê-la como algo a ser domado. Logo, domamos a nós mesmos e ignoramos o que somos.

Abra a porta para você mesmo, abra-a para que possa ver com os olhos do ser que és em essência, e não com os olhos alheios, míopes e tolhidos de Beleza. Somos todos um nó na teia tecida pela vida e somente juntos, poderemos voltar a ser o que somos, a própria Natureza.

Gratidão Wakan, Makan, às forças sagradas do Céu e da Terra. Às quatro direções que convergem e dissipam-se através do nosso eixo, o nosso coração. Voltemos ao colo de nossos ancestrais. Que sejamos dignos de honrar todos nossos Parentes, sendo quem Somos.

Que caminhemos com a Beleza a nossa frente, atrás, acima, abaixo e ao nosso redor. Que sejam belas as nossas palavras.

Aho. Mitakuye Oyasin!
Assim eu, um winkte, falei."

Menkaiká - Canção das Estrelas
Terra Mistica

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Tempo certo...

"De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa. 

Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas. 
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda. 
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um

objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento."
(Paulo Coelho)